terça-feira, 19 de março de 2013

Midnight City - Cap 1

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A cidade cresce a noite, olhar e ver seus olhos, eles brilham.




POV Alicia

Admirava a vista lá fora com desdém, dei mais um gole na xícara de café me certificando que ainda estava quente. Abri um pouco a janela e me afastei quando o vento entrou soprando em minha pele me arrepiando. Fechei novamente e resolvi tentar escrever outra vez. Me sentei sobre a cadeira de madeira e encarei o monitor de meu computador. Deixei a xícara repousada sobre a mesa e olhei as teclas do teclado velho, percorri meus dedos sobre ele formando assim meu primeiro texto. Aquele que tinha que terminar até amanha de manhã antes da faculdade. 

A concentração era a minha maior amiga, enquanto o sono não parava de bater na porta. Meus olhos lutavam pra ficar abertos, acreditava que o café fizesse o milagre de me manter desperta até o final daquela redação onde teria que dizer o que era leitura pra mim. 


"Abrir mentes, fazer o seu redor um mundo mágico, sem impasses. Fugir da realidade, sobre tudo: Imaginar aquilo que você achava impossível."

Li, reli, não estava bom, sei que era capaz de fazer algo melhor. Com mais um gole de café me enchi com a esperança de que aquilo fosse me dar alguma luz. Foi então que me lembrei de algo, algo que me fazia ficar de pernas bambas, que fazia meu coração bater mais rápido. Me lembrei dele, do meu amor. Depois de 1 ano o venerando naquela faculdade eu posso chama-lo de amor. Minha cabeça me recriminou por está tão abobalhada apenas por um pesamento. Então eu comecei a criar um raciocínio, não muito lógico mas que fazia total sentido pra mim. Escrever pensando em o que você ama. Eu amava leitura e mais ainda aquele sorriso com aquele lábios carnudos que pareciam ter o formato de um coração.


"Quando se pratica a arte da leitura, é como se não precisava de asas para voar, para se sentir tão leve. Uma nova realidade se forma ao seu redor e aos poucos vai colidindo com a fantasia, a qual só o livro te submete. A leitura é uma ponte para o mágico. Uma trilha para o que até então era julgado impossível."

Lá estava eu satisfeita comigo mesma, sorria com meus olhos fixos na tela. Agora estava livre para dormir. Nunca pensei que essa tática de escrever pensando em Justin daria certo, por um momento achei certo dá créditos pra ele no final. 

Com uma lentidão normal minha, fui para o banheiro, liguei o chuveiro e deixei minha mão ali por alguns segundos para ver a temperatura da água, me despi e entrei debaixo daqueles pingos quentes que caíam consecutivamente em minha pele a arrepiando com o primeiro contato com tal temperatura. Fiquei ali em baixo um bom tempo até finalmente tomar um banho decente e ir dormir. Deitei em minha cama com o celular na mão, tinha que coloca-lo pra carregar, amanha teria meio expediente na loja de Liz. Meu corpo relaxou sobre o colchão fofo e então pude me ver adormecendo em um sono profundo.

Minha cabeça parecia pesar mais do que o corpo, meu celular ainda tocava, com um pequeno esforço, desliguei o aparelho conferindo as horas. Coloquei minha mão direita na testa em um gesto de cansaço, afinal, não havia dormindo direito. Sem mais delongas, consegui sair da cama, fui para o banheiro tomar um banho, escovar dentes e lavar meu rosto. Me vesti para um dia normal na faculdade e depois um turno de meio expediente no "Crystal Shoes". Era exaustivo só de pensar. Peguei minha redação já impressa e coloquei em uma pasta para depois coloca-la na bolsa, não queria que amassasse. 

O clima de Nova York estava frio. Vesti minha jaqueta de cor nude e fui em direção ao meu carro, não era um dos melhores automóveis, mais era meu bebê, minha primeira conquista depois do velho apartamento que meus pais me deram assim que decidi me mudar pra Nova York. Coloquei minha bolsa no banco do passageiro e me endireitei no de motorista, peguei a chave no bolso e coloquei na ignição a virando e fazendo o motor ranger. 

A faculdade era pouco quilômetros da minha casa, assim que estacionei fiquei nervosa, minha primeira aula ia ser de literatura, não me sentia preparada para ler minha redação na frente da turma, ele estaria lá. No final da sala, como sempre, observando tudo, percorrendo seus olhos através das pessoas. Parecia tão perdido e ao mesmo tempo atento, um poço de mistério que seus olhos não davam pista do qual seria. 

Ajeitei meu casaco ao redor do meu corpo, o vento batia em meu rosto e meus cabelos voavam com isso. Entrei na sala e fui direto ao meu lugar, Mia estava lá na carteira ao lado da minha.

- Como está? - sei que ela se referia ao fato de em poucos minutos iria expor meu texto, o qual falo indiretamente de Justin.

- Bem. - sorri confortante. Minhas mãos não paravam de tremer. Estava nervosa, mas não queria que isso me atrapalhasse me fazendo parecer mais tola que já era.

- A aula vai começar, o estagiário do professor já entrou. - ela sussurrou e meu coração bateu mais forte. Ele estava ali, virei pra trás e Justin estava sentado olhando alguns papéis, seu olhar levantou fazendo seus olhos encararem os meus. Virei pra frente com a respiração ofegante, pequenos sintomas que simples gestos vindo dele podiam me causar.

- Bom dia turma! - Professor Robert disse entrando na sala e deixando sua bolsa. Justin foi até ele entregando um papel e logo em seguida voltando ao seu lugar no fundo da classe. - Bom, é... Alicia Lee Harris. - ele leu no papel. - Pode ler sua redação sobre o que é leitura pra você? - Assenti timidamente e me levantei com cuidado, pegando o papel na pasta. 

- Boa sorte. - Ouvi o sussurro gentil de Mia assim que levantei. Sorri como agradecimento e fui até a frente do quadro. 

Encarei toda aquelas pessoas me olhando e mais uma vez meus olhos encontraram ele, que me observava atentamente. Levantei minhas mãos fazendo com que o papel tampasse meu rosto, com a voz trêmula e um pouco baixa comecei a ler.

"Um sentimento de liberdade, independência, um sentimento que só a leitura te propõe. Mantém sua mente aberta, seus pés livres do chão. Leitura é como amar."

Assim conclui minha redação. Aplausos educados de todos ali presentes. Mia me lançava um olhar de orgulho, olhei para o Sr Robert que sorria me aplaudindo. Timidamente vi Justin sorrindo batendo palmas um pouco exageradas. Aos poucos meus lábios foram se curvando formando um sorriso orgulhoso de mim.

- Uau! Parabéns Alicia! Minha nossa, isso foi incrível! - ele exclamava contente.

- Obrigada. - sorri educadamente.

- Justin o que achou da redação? - agora os olhares foram voltados para o garoto de cabelo arrepiado sentado na última carteira.

- Foi realmente inspirador. Estava incrível. - ele sorriu. Por um momento senti o ar me faltar. Sua voz causava arrepios em meu corpo

- Tenho que concordar. Parabéns mais uma vez. Pode se sentar. - assenti sorrindo e voltei para minha carteira. Mia silabou "parabéns" pra mim me fazendo aumentar meu sorriso.

Olhei pra trás mais uma vez e o vi me encarando, virei rapidamente e comecei a prestar atenção na aula que acontecia na frente.

[...]

O café já estava ficando frio, preferia dar atenção ao Ipod tocando, havia uma hora livre antes de começar a trabalhar. Estava sentada na lanchonete do Starbucks, uma mesa encostada à parede de vidro, me dando a visão de Nova York lotada, pessoas andando em sentidos opostos. Senti um pequena movimentação na cadeira a minha frente. Quando virei meu olhar pra lá, não pude acreditar. Ele estava ali, era real.

- Desculpe se estou sendo mau educado, é que eu vi você aqui e achei que deveria falar com você. - seu sorriso era tímido.

- Tudo bem, gosto de companhias. - sorri e dei um gole em meu café.

- Então, sua redação hoje, foi excelente. Fiquei realmente impressionado. - quase cuspi o gole de café quando aquele assunto foi tocado.

- Obrigada! Me esforcei bastante, aprecio que tenha gostado. 

- Sim, comentei com Robert que foi a melhor da turma. - arregalei meus olhos o fazendo rir com esse gesto.

- Sério? - ele assentiu. - Estou honrada. - disse o fazendo rir.

- Que música está ouvindo? - ele perguntou ao notar meus fones.

- You're not alone do Michael o rei. 

- Você curte Michael? -assenti em um movimento exagerado com a cabeça.

- Quer ouvir? Eu tenho todos os Cds dele baixados aqui, ele é incrível. Épico. - ofereci um fone pra ele que nem pensou duas vezes antes de aceitar.

[...]

- Está na minha hora, me desculpe, tenho que trabalhar. - estava sem graça.

- Tudo bem, adorei passar esse tempo com você. - sorri ao ouvir aquilo.

- Posso dizer o mesmo Justin.

- Aceitaria uma carona? - eu queria muito aceitar, mas logo hoje estava de carro.

- Estou de carro, obrigada mesmo assim.

- Tudo bem, tchau.

- Tchau. - acenei deixando aquele local.

Meu coração palpitava, ele gostou de passar um tempo comigo. Foi os melhores minutos da minha vida. Não conseguia acreditar que aquilo tinha sido real. Era como se meu sonho estivesse colidindo com a realidade. Mas eu ainda lembrava do seu toque apertando a minha mão timidamente em um cumprimento. De seus olhares encontrando os meus, tudo parecia combinar.

Com um sorriso bobo permanente em meu rosto adentrei na loja fazendo um barulhinho anunciando minha chegada 10 minutos atrasada. Liz era um jovem um pouco mais velha do que eu, talvez um 6 anos. Ela era morena dos cabelos negros e olhos incrivelmente verdes como esmeraldas. Nunca havia conhecido mulher mais de bom humor do que ela, logo nunca se estressava se chegava ou não atrasada, até mesmo por que nunca cometia esse ato. 

- Me desculpe Liz, tomei café e lá encontrei um amigo no qual me distrai conversando. - tentei logo me redimir.

- Tudo bem, tudo bem. - sorriu me confortando. - Agora me ajude a arrumar esses sapatos nas fileiras de tamanho e modelos. 

- Claro! - assenti e fui até ela a ajudando.

[...]

Assim que me despedi de Liz e sai da loja, fui para meu carro indo direto pra casa. Precisava descansar. Hoje o dia havia sido cheio. E, por um momento meu cérebro fez um pequeno resumo de meu dia. A redação, os elogios, o café, Justin, trabalho, e agora estava me preparando para tomar um banho. 

Meus talentos culinários, não era os melhores, naquela noite era mais que provável que pediria uma pizza. Foi isso que fiz, enquanto meu lanche não chegava fiquei fazendo os deveres da faculdade. O som da campainha soou no apartamento. Rapidamente deixei os cadernos de lado e fui atender a porta, olhando no olho mágico vi Luke sorridente. Ele era o porteiro noturno e grande amigo meu. Amava passar o tempo com ele. Luke era jovem de cabelo castanhos e olhos azuis, muito bonito, ele trabalhava como porteiro de noite e fazia faculdade de arquitetura de manhã. Se demos bem de cara assim que entrei no prédio ele foi bem simpático. 

- Luke! - gritei histericamente o abraçando com cuidado. - Entra!

- Ali, nem chamou pra comer pizza, como assim? Ainda bem que agora é meu horário de janta.

- Continuo sem te convidar. - ri de sua expressão de indignação. - Vamos comer logo. 

- Ainda bem, porque você me convidando ou não eu ia comer aqui. - ele me seguiu até a cozinha.

- Então o mínimo que você poderia fazer seria me ajudar arrumando a mesa. - peguei o pano forrando o balcão da cozinha.

- Não, isso eu deixo pra você. - ele sorriu e eu o encarei com as sobrancelhas erguidas e de braços cruzados - Ta bom, ta bom. - ele levantou as mãos em ato de rendimento.

Em poucos minutos, estávamos sentados acabando com a pizza. Luke comia feito um furacão. Fiquei sentada no sofá sobre minhas pernas, mordia um pedaço de pizza de calabresa. 

- É sério eu realmente acho que aquele homem seminu saiu do apartamento da Senhora James. - ele me contava umas história engraçada as quais faziam minha barriga doer de tanto rir.

- Você só pode está de brincadeira. - dizia ofegante. - Ela usa dentadura. - nos olhamos com cara de nojo. - Vou ter pesadelos com isso.

- Infelizmente não vou poder dormir né. - ele acabou com sua pizza.

- Não sei como aguenta essa rotina. 

- Eu preciso disso, não tenho ninguém que me sustente aqui Ali. Você sabe muito bem. - Luke tinha se mudado 1 ano antes de mim.

- Verdade. - sorri sem humor.

- Tenho que ir, foi bom comer pizza com você. - ele sorriu e se levantou limpando as mãos na calça.

- Ok, vai lá. - levantei e o acompanhei até a porta.

Ele me deu um beijo na bochecha de despedida e se foi. Fechei a porta e fui limpar a bagunça. Peguei os copos e me martirizei por bagunçar coisas por nada, pra que pegar talheres? Quando se tratava de mim e Luke não precisávamos disso, sem frescuras. Ri com meu pensamento e lavei a louça, depois, guardando o resto da pizza na geladeira, meu provável café da manhã amanhã. 

[...]

Mas um dia, me perguntava se algo seria diferente depois da tarde de ontem no café. Será que ele olharia pra mim de um jeito diferente? Será que ele iria falar comigo? Eu deveria falar com ele? 

Quando dei por mim, estava na frente daquela faculdade saindo do carro. Meu coração batia mais rápido do que o normal, andava com passos largos. A qualquer momento podia encontrar com ele.

P.O.V Justin



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Continua...


Oi amores! Tudo bom? Bom, esse é o primeiro cap eu espero que gostem! 


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Obrigada a todos que leram! Comentem o que acharem! Beijos!!

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5 comentários:

  1. LEITORA NOOOVA CONTINUUUUAAAAAA
    PERFEITO

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  2. ai cara vai se foder bem na boa, kra isso é uma merda, ai desisto de você nosa cara que merda não.




    zoaaaaaaa, mentria kra sua ib é uma merda perfeita, nossa continua logoquero ver o romance desses dois e quero ver toda a merdalhada e a safadeza que vai dar né, pq vc sempre coloca safadeza em tudo u-u bjs

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  3. Cara, to amando sua ib heheheeh doida para saber oq vai acontecer !!!

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