Midnight City - Cap 15

"See heaven's got a plan for you"

- Que eu saiba não pode dar aula bêbado. - ele havia perdido a noção completamente, não sou nenhuma escrava dele.

- Ali, existe coisas que você não sabe e tem... - o interrompi.

- E nem quero saber. - o olhei com tédio cruzando as pernas.

- Mas uma vez. - ele respirou fundo tentando se conter. - o que eu mais quero, é ficar com você. Mas não podemos, isso atrapalharia tudo o que construímos aqui. Isso está errado entende, é como eu falei, é proibido. - arqueei as sobrancelhas o encarando. - Alicia, você não sabe o quanto eu te desejo, o quanto eu gostaria de tê-la... - Era melhor não deixa-lo terminar. Tinha minha opinião formada.

- Acabou? - disse séria e ele não se moveu. - Ótimo, porque estou atrasada para meu encontro. - falei para provocá-lo. 

- Com quem? - ele perguntou rapidamente.

- Não interessa. - o olhei. - Quer saber? Eu vou falar. Eu vou sair com um homem! Um homem de verdade, que vai me dar valor, que vai me respeitar, que não vai me usar. Um homem o qual você não foi, o qual você não é. Ele vai me mostrar o quanto eu valho a pena.  - Após aquelas palavras ia saindo da sala quando me lembrei de algo. Peguei o papel do trabalho de 7 linhos e coloquei em cima da mesa. - Pra você, já que queria tanto saber. - agora sim, saí de lá deixando Justin pensativo e estático em seu lugar, que era apoiado na mesa.

Era inevitável, mas quando percebi, um lágrima salgada escorreu em meu rosto morrendo em minha boca. Passei a língua entre os lábios e ajeitei minha bolsa em meu ombro enquanto andava por aqueles corredores vazios. Funguei de cabeça baixa e cheguei ao estacionamento. Destranquei meu carro e entrei nele. 

Pelo menos durante três minutos me vi chorando ali dentro pensando em como tudo poderia dar errado comigo. Por que ele nunca me pedia pra ficar? As coisas não eram como filmes onde tudo se resolvia com um beijo de cinemas. Era a realidade, era a triste realidade a qual estava submetida a enfrentar até que tudo se resolvesse, até que o Sol nascesse me livrando dessa meia noite.

[...]

Cheguei em casa de cabeça baixa. Assim que levantei tive uma surpresa ao ver David e Mia ali. Fiz uma cara de confusão tentando entender aquilo. Coloquei minha bolsa em cima da mesinha ao lado da porta e fui até eles que se levantaram ambos me encarando. 

- Sem querer ser indelicada, mas o que vocês estão fazendo aqui?

- Esperando você. - Mia falou normalmente, olhei para David.

- Ela me ligou dizendo que você não poderia sair hoje, fiquei preocupado e vim pra cá. 

- Hã.. tudo bem então. - forcei um sorriso.

- Você não me parece bem. - olhei pra Mia que me encarava preocupada.

- Vou tomar banho. Se quiserem comer algo ou pedir, fiquem a vontade. - sai da sala deixando os com um ar confuso.

Parecia que era só eu me deitar na banheira e todos meus pensamentos do dia viessem à tona. Porra, como poderia entender aquele menino? Eu o amo, ele diz que gosta de mim, nós transamos e ele cai fora e agora pede desculpas. Juro que pela minha cabeça não se passa nada que pudesse explicar tudo isso. Porém algo na conversa que tivemos me intrigou "Ali, existe coisas que você não sabe e tem..." Como assim? Que coisas? Ele tem uma filha? Ele tem outra? O que poderia ser? Agora não cabia mais eu saber e sim o destino revelar.

[...]

- Olha, eu ia propor um filme, mas eu sei que vou ficar de vela, então... Beijos. - ela pegou sua bolsa e mandou um beijo no ar para nós dois que rimos de sua direta e fez um sinal para eu a ligasse depois e logo se foi.

- Filme não é uma má ideia. - David me olhou sorrindo.

- Já que estraguei nossos planos pra hoje. - entortei os lábios.

- Ei, estamos juntos, pode-se considerar um encontro. - levemente sua mão acariciou meu rosto. 

- Bom, para recompensar, você escolhe o filme e eu faço a pipoca. 

- Fechado! - ele riu.

POV Justin

Reli de novo e de novo... me sentia um masoquista pois cada vez que meus olhos encontravam aquelas palavras era como se um faca fosse enfiada em meu coração. Era complicado demais, eu queria apenas fazer o certo e protege-la. Queria fazer dela feliz e segura. Era uma pena que não poderia fazer isso com ela em meus braços. Agora ela estava com outro, com raiva de mim mesmo reli mais uma vez aquelas palavras.

"Piedade seria o termo correto. De um certo ponto me sinto solidária por estar pensando assim. Meu pensamente ultimamente, é baseado no fato de como existe pessoas ingênuas, fáceis de serem enganadas. Sim, de fato isso é algo pessoal, mas acho que o motivo de um coração partido nunca é tarde para compartilhar. Confusão e arrependimento talvez estivessem andando juntos em minha mente agora. Mas acredito que quando  a cidade fica a mercê da meia noite, tudo apaga e me faz fugir do mundo real. E assim, me sentiria em paz de alguma maneira. "

Meu coração doía mais do que nunca agora "Sim, de fato isso é algo pessoal, mas acho que o motivo de um coração partido nunca é tarde para compartilhar." Ela estava com um coração partido, eu era a causa da dor dela, eu era a causa dos seus problemas. Ela não se sentia em paz. Eu era a meia noite que dominava sua cidade.

Não queria que ela vivesse em um escuro eterno, estava tudo errado. Com raiva e olhos vermelhos, fui rumo a boate. A essa hora ela já estaria em funcionamento. As meninas novas já estariam exercendo seus trabalhos. Deportar essas meninas só não era tão ruim pelo fato delas já serem putas. Mas mesmo assim era errado, não pra elas que iriam receber mais, mas pra mim era. As famílias achariam que elas estavam mortas. Se já me sinto dolorido em perder Alicia imagine a dor da mãe de perder um filho. 

Os meninos estavam entretidos em uma garota que dançava sensualmente no palco. Ela era loira dos olhos verdes brilhantes como esmeralda. Seu corpo parecia ser feito para dançar. Seus movimentos leves ganhavam a atenção de todos presentes que acompanhavam o espetáculo boquiabertos.

- Meu deus! Essa menina vai ser nossa fortuna. - Chris comentou.

- Irei ficar mais do que rico e vou compra-la pra mim. - Chaz falava sorrindo.

- Ei! - os chamei indo até eles. - Quem é a moça?

- O nome dela é Jessie, está aqui a dois dias e a nossa grana aumentou em triplo. - comemorou Chaz

- Uau! - disse realmente surpreso. - Ela não é uma das putas né?

- Não ela é exclusividade, Ryan já comeu, acho até que se apaixonou. - Chris riu.

- Os caras vem pra comer ela, veem que não pode e acaba comendo as outros de desespero. Plano perfeito. - Chaz riu entusiasmado.

- Ryan tá aonde?

- No camarim das meninas. - respondeu Beadles.

- Valeu gente. - falei me retirando. 

Passei por aqueles caras loucos e finalmente abri as cortinas revelando as meninas semi nuas e Ryan apreciando a visão. A tal Jessie estava sentada ao seu lado com as belas pernas em cima da dele.

- Ei dude, preciso falar com você bro, o papo é sério. - ele me encarava confuso.

POV Alicia

O filme mal tinha começado quando eu e David começamos a nos beijar. Sentia um arrepio diferente em seu toque, sua língua percorria toda a minha boca. Uma de suas mãos estava acariciando minha cintura, enquanto sua outra mão estava em minha nuca me mantendo firme contra o encosto do sofá. Posicionei minha mão direita na lateral de seu rosto e minha esquerda em seu ombro. Estava tudo bem normal, "se pegar" no sofá era comum para nós jovens. Bem... sexo também.

- Acho melhor não. - falei interrompendo sua tentativa de me deitar no sofá.

- Calma, eu vou ser gentil. - ele me selou. - eu prometo.

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Continua...

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Vocês estão gostando? Haha sim a Alicia tá agindo que nem criança mas é porque ela tá com muita raiva, é o jeito dela né kkk bom, deem opiniões! Beijos Comentem que eu posto mais rápido.

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